Atenção! Não solicitamos pagamentos antecipados e não trabalhamos com intermediadores.

Foto destaque: entenda melhor essa a prática ilegal (Reprodução/LexLatin)
Tempo de Leitura: 5 minutos

Agiotagem: o que é, por que é crime e como evitar

Simule um empréstimo
consignado grátis

Introdução

Em momentos de sufoco financeiro, é comum que algumas pessoas recorram a soluções de emergência. E uma das opções mais tentadoras — porém perigosas — é pegar dinheiro emprestado com um agiota. Mas você sabe, de fato, o que é agiotagem, quais os riscos envolvidos e como identificar essa prática ilegal?

Neste artigo completo, vamos explicar tudo sobre o assunto: o que é agiotagem, como ela funciona, por que é crime, quais os perigos para quem se envolve com agiotas e, principalmente, quais são as alternativas legais para quem precisa de dinheiro rápido.

O que é agiotagem?

Agiotagem é a prática de emprestar dinheiro de forma clandestina, ou seja, fora do sistema financeiro oficial e sem autorização do Banco Central. Quem realiza essa prática é conhecido como agiota.

Diferente de bancos, cooperativas ou fintechs que operam com transparência, agiotas agem informalmente, cobrando juros abusivos e sem qualquer tipo de contrato regulamentado. O objetivo deles é lucrar rapidamente com o desespero financeiro alheio, muitas vezes utilizando métodos de cobrança coercitivos ou até violentos.

Agiota: quem é esse personagem?

O agiota pode parecer uma pessoa “comum”: um comerciante local, um vizinho, um conhecido que “empresta dinheiro” para ajudar quem está endividado. Mas, por trás da aparente generosidade, existe uma estrutura informal que explora a vulnerabilidade das pessoas.

Ele oferece dinheiro rápido, sem burocracia, muitas vezes sem comprovação de renda, mas exige garantias informais, como:

  • Cheques pré-datados

  • Documentos pessoais retidos

  • Veículos ou bens em penhor

  • Ameaças veladas de exposição ou violência

Por que a agiotagem é considerada crime?

A prática é enquadrada como crime contra a economia popular, segundo o artigo 4º da Lei nº 1.521, de 1951. Ela proíbe a cobrança de juros acima do permitido por lei — o dobro da taxa legal de juros (mora de 1% ao mês, portanto até 2% ao mês é o máximo permitido em regra geral).

Penalidades previstas:

  • Reclusão de 6 meses a 2 anos

  • Multa proporcional ao valor cobrado

  • Apreensão de bens utilizados na prática

Além disso, qualquer acordo feito com agiota não tem valor legal, já que fere a legislação financeira do país.

Como funciona a agiotagem na prática

A estrutura da agiotagem é simples, mas extremamente perigosa. Funciona assim:

  1. A pessoa precisa de dinheiro urgente (emergência, dívida, doença etc.)

  2. Ela busca o “empréstimo” com o agiota

  3. O valor é liberado sem contrato formal, mas com cobranças semanais ou diárias

  4. Juros altíssimos são aplicados — chegando a 30%, 40% ou até mais ao mês

  5. Se atrasar o pagamento, o devedor pode ser ameaçado, coagido ou exposto publicamente

O resultado? Uma dívida impagável, que vira uma bola de neve.

Exemplo prático

Imagine que você pega R$ 1.000 com um agiota. Com juros de 30% ao mês, sua dívida vira:

  • Mês 1: R$ 1.300

  • Mês 2: R$ 1.690

  • Mês 3: R$ 2.197

  • Mês 4: R$ 2.856

Ou seja: em apenas 4 meses, o valor mais que dobrou.

Como identificar um agiota disfarçado

Nem sempre o agiota se apresenta como tal. Muitas vezes, ele diz ser “investidor informal” ou “ajudante financeiro”. Fique atento aos sinais:

  • Juros muito acima do mercado

  • Falta de contrato formal

  • Cobranças via WhatsApp ou pessoalmente

  • Pedido de garantias informais

  • Negociação apenas verbal

Se ouvir frases como “sem burocracia”, “liberação na hora”, “não precisa nome limpo” e “garanto no boca a boca”, desconfie.

Quais os riscos de recorrer a um agiota?

Os prejuízos vão muito além do dinheiro. Veja o que você arrisca ao aceitar dinheiro de agiotas:

1. Dívida impagável

Os juros são tão altos que é praticamente impossível quitar o valor. Você paga e paga, mas o débito nunca acaba.

2. Violência física e psicológica

Ameaças, intimidação, exposição pública, visitas indesejadas e até agressões são relatos comuns entre vítimas.

3. Perda de bens pessoais

Veículos, casas, celulares, cartões e até contas bancárias podem ser tomados em troca da dívida.

4. Problemas legais

Embora a vítima não seja punida criminalmente, ela não tem respaldo legal se quiser recorrer à Justiça.

5. Desgaste emocional

Ansiedade, insônia, medo constante e humilhação pública fazem parte da rotina de quem se envolve com agiotas.

É crime pedir dinheiro emprestado com agiota?

A prática é ilegal, mas a vítima não é punida criminalmente. No entanto, ela não pode cobrar judicialmente caso haja descumprimento do acordo — afinal, é uma transação fora da lei.

Se o agiota for denunciado, o contrato perde a validade e pode haver investigação, mas a pessoa que pediu o empréstimo deve comprovar que agiu por desespero e não em conluio.

Diferença entre agiota e financeira legalizada

Característica Agiota (Ilegal) Financeira Regularizada
Contrato Verbal ou informal Documentado e registrado
Juros Abusivos (> 20% ao mês) Regulados pelo Banco Central
Cobrança Intimidação e ameaça Formal, com aviso legal
Segurança jurídica Nenhuma Proteção ao consumidor
Transparência Nula Regras claras

Alternativas legais e seguras para crédito

Se você precisa de dinheiro com urgência, existem opções muito mais seguras do que a agiotagem. Veja algumas alternativas:

1. Empréstimo pessoal

Concedido por bancos, fintechs ou cooperativas. É rápido, legal e você pode comparar taxas em sites como o Serasa e o Banco Central.

2. Crédito consignado

Ideal para aposentados, servidores e pensionistas. É descontado direto da folha, com juros bem menores.

3. Antecipação de FGTS

Muitos bancos permitem antecipar parte do saque-aniversário. É uma linha de crédito com taxas acessíveis.

4. Empréstimo com garantia

Você pode usar um veículo, imóvel ou celular como garantia, pagando menos juros.

5. Microcrédito

Voltado para microempreendedores, é ideal para quem precisa de capital de giro para o negócio.

Como sair da dívida com agiota

Se você já caiu na cilada da agiotagem, é hora de buscar saída. Veja o que fazer:

Passo 1: Pare de renovar a dívida

Evite pegar mais dinheiro com o mesmo agiota. Isso só piora o ciclo.

Passo 2: Busque ajuda legal

Procure a Defensoria Pública, o Procon ou um advogado. Denuncie em delegacias se houver ameaças.

Passo 3: Organize suas finanças

Monte um plano para quitar a dívida e reorganize seu orçamento.

Passo 4: Negocie com bancos

Tente consolidar suas dívidas em uma única parcela com taxas mais baixas.

Agiotas digitais: o novo perigo

Com o avanço da tecnologia, muitos agiotas migraram para o ambiente online. Eles atuam via:

  • Grupos de Facebook

  • Mensagens no WhatsApp

  • Anúncios em sites de classificados

  • Perfis falsos no Instagram

Prometem crédito fácil, com “liberação em 5 minutos” e “sem consulta ao SPC”, mas na prática, são golpistas ou agiotas escondidos atrás de perfis falsos.

Dicas para evitar cair na armadilha

  1. Pesquise o CNPJ da empresa no site do Banco Central

  2. Desconfie de ofertas muito vantajosas

  3. Nunca pague taxa antecipada para liberar crédito

  4. Evite negociar por WhatsApp com números desconhecidos

  5. Peça contrato por escrito e leia com atenção

  6. Use simuladores oficiais para comparar taxas

  7. Fale com pessoas de confiança antes de fechar qualquer acordo

A importância da educação financeira

Entender como o dinheiro funciona é o melhor antídoto contra o desespero financeiro. A educação financeira ensina você a:

  • Controlar gastos

  • Evitar dívidas desnecessárias

  • Criar reserva de emergência

  • Usar crédito com consciência

  • Planejar metas de curto, médio e longo prazo

Conclusão

A agiotagem pode até parecer uma solução rápida, mas traz riscos imensos. Ninguém merece viver com medo, cercado por ameaças, pagando juros impagáveis por uma dívida que nunca acaba.

É possível sim sair dessa situação e reconstruir sua vida financeira. E você não está sozinho. Hoje existem alternativas seguras, acessíveis e legais — e a Creediti está aqui para te ajudar a encontrar o melhor caminho.

Lembre-se: dinheiro emprestado precisa de responsabilidade, mas acima de tudo, precisa ser seguro e legal. Escolha com sabedoria.

Perguntas Frequentes (FAQ)

1. É possível denunciar um agiota anonimamente?
Sim. Você pode fazer a denúncia pela Ouvidoria do Banco Central ou em delegacias, de forma anônima.

2. Quem já pegou dinheiro com agiota pode ser preso?
Não. A vítima da agiotagem não comete crime, mas deve procurar ajuda para sair da dívida.

3. Existe agiota “do bem”?
Não. Mesmo que a pessoa não ameace, a prática ainda é ilegal. Juros abusivos e falta de contrato são características inaceitáveis.

4. Posso recuperar um bem penhorado por um agiota?
Sim, mas é necessário apoio jurídico. Muitas vezes, o bem foi entregue sem respaldo legal.

5. O que fazer se minha família está envolvida com agiotas?
Converse com os envolvidos, busque orientação jurídica e financeira e, se houver riscos à integridade física, denuncie imediatamente.

Receba novidades e ofertas por e-mail.

Ultimos artigos

Simule um empréstimo
consignado grátis

Menu

Veja ofertas de empréstimo consignado