Salário mínimo 2025: valor e impacto

O salário mínimo 2025 entrou em vigor em 1º de janeiro de 2025, com o valor oficial de R$ 1.518,00. Esse reajuste representa uma alta de R$ 106 em relação ao piso de 2024, que era de R$ 1.412,00. O aumento equivale a 7,5% e segue a política de valorização que considera a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e o crescimento real do PIB.

Esse novo piso impacta diretamente a vida de milhões de brasileiros, pois não se limita aos trabalhadores que recebem exatamente o mínimo. Ele serve de referência para aposentadorias, pensões, benefícios do INSS, seguro-desemprego, abono salarial PIS/Pasep e até mesmo para a contribuição do MEI (Microempreendedor Individual).

Neste guia definitivo, você vai entender o que significa o salário mínimo 2025, quem é afetado, como calcular salário por hora e por dia, como ele se compara historicamente, quais são os impactos na economia e quais são as projeções futuras.

O que é o salário mínimo e por que existe

O salário mínimo é um direito social consagrado no artigo 7º da Constituição Federal, que determina que todo trabalhador formal deve receber, pelo menos, esse piso salarial. Ele foi criado em 1940, no governo de Getúlio Vargas, como parte de um conjunto de medidas trabalhistas que buscavam proteger o trabalhador e garantir um padrão mínimo de dignidade.

O objetivo principal é assegurar que nenhum trabalhador receba menos do que o necessário para atender às suas necessidades básicas e às de sua família. Na prática, o salário mínimo também funciona como referência econômica, influenciando:

• Benefícios previdenciários e assistenciais como aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS).

• Programas sociais federais e estaduais que utilizam o mínimo como base de cálculo.

• Negociações trabalhistas de categorias que não possuem piso específico.

• Políticas públicas relacionadas ao consumo, arrecadação e investimentos.

Salário mínimo 2025: valor oficial

Em 2025, o salário mínimo foi definido pelo Decreto nº 12.342, de 30 de dezembro de 2024, e entrou em vigor em 1º de janeiro de 2025.

• Valor mensal: R$ 1.518,00

• Valor diário: R$ 50,60

• Valor por hora (divisor 220): R$ 6,90

Esse valor é obrigatório para todos os empregadores que pagam salários no Brasil, exceto nos estados que possuem pisos regionais mais altos para determinadas categorias.

Por que o salário mínimo 2025 subiu

O reajuste foi calculado com base em dois indicadores:

1. INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor): mede a inflação das famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos. É o índice mais próximo da realidade dos trabalhadores de baixa renda.

2. PIB (Produto Interno Bruto): se o PIB de dois anos antes crescer, parte desse crescimento é incorporada ao reajuste, gerando ganho real.

Esse modelo garante que o salário mínimo preserve o poder de compra e, quando a economia cresce, aumente acima da inflação.

Histórico do salário mínimo (2010–2025)

A evolução do salário mínimo mostra como ele vem sendo ajustado ao longo dos anos:

Ao observar esse histórico, nota-se que a política de valorização do mínimo tem garantido aumento real em diversos anos, ampliando o poder de compra dos trabalhadores.

Como calcular o salário mínimo por hora e por dia

O cálculo é essencial para trabalhadores em jornada parcial, domésticos e empresas que precisam pagar horas extras.

• Salário-hora: R$ 1.518 ÷ 220 = R$ 6,90.

• Hora extra 50%: R$ 6,90 × 1,5 = R$ 10,35.

• Hora extra 100%: R$ 6,90 × 2 = R$ 13,80.

• Valor diário: R$ 1.518 ÷ 30 = R$ 50,60.

Esses cálculos seguem a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e são aplicados em qualquer contrato formal.

Impactos do salário mínimo 2025 no INSS

O reajuste do mínimo influencia diretamente o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), já que milhões de benefícios são pagos com base no piso.

• Aposentadorias e pensões: nenhum benefício pode ser inferior ao salário mínimo.

• Auxílio-doença e auxílio-reclusão: também seguem o piso nacional.

• BPC/LOAS: o valor pago corresponde a um salário mínimo.

Portanto, quem recebia R$ 1.412 em 2024, passa a receber R$ 1.518 em 2025.

Efeitos no seguro-desemprego e abono salarial

Seguro-desemprego

O benefício não pode ser inferior ao salário mínimo. Assim, quem tinha direito ao valor mínimo passou a receber R$ 1.518 em 2025.

Abono salarial (PIS/Pasep)

O teto do abono equivale a um salário mínimo. Isso significa que o valor máximo pago em 2025 é de R$ 1.518.

Impacto no MEI (Microempreendedor Individual)

O MEI paga mensalmente um boleto chamado DAS, que inclui a contribuição previdenciária. Essa contribuição corresponde a 5% do salário mínimo.

• Contribuição MEI em 2024: R$ 70,60

• Contribuição MEI em 2025: R$ 75,90

Esse valor é destinado ao INSS e garante ao MEI direitos como aposentadoria por idade, auxílio-doença e salário-maternidade.

Pisos regionais em 2025

Além do piso nacional, alguns estados estabelecem salários mínimos regionais superiores ao nacional. Entre eles:

• São Paulo: entre R$ 1.550 e R$ 1.700, dependendo da categoria.

• Paraná: entre R$ 1.660 e R$ 1.850.

• Santa Catarina, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul: também possuem pisos diferenciados.

Nesses casos, prevalece sempre o maior valor entre o piso regional, o nacional e o definido em convenções coletivas.

Salário mínimo 2025 e a economia

O aumento do salário mínimo tem efeitos positivos e desafiadores:

Efeitos positivos

• Aumento do consumo: famílias com baixa renda destinam a maior parte do salário ao consumo.

• Maior arrecadação tributária: mais consumo gera mais impostos.

• Redução da desigualdade social: trabalhadores e beneficiários ganham mais.

Desafios

• Impacto nas contas públicas: o governo gasta mais com benefícios atrelados ao mínimo.

• Custo para empresas: aumento da folha de pagamento e encargos sociais.

• Risco de inflação: mais consumo pode pressionar preços.

Comparação internacional

Apesar do aumento, o salário mínimo brasileiro ainda está abaixo de países desenvolvidos. Porém, quando comparado ao custo de vida e paridade de poder de compra, o Brasil ocupa posição intermediária na América Latina.

Exemplo:

• Brasil 2025: R$ 1.518 (cerca de US$ 300).

• Chile 2025: aproximadamente US$ 500.

• México 2025: cerca de US$ 400.

Planejamento financeiro com o salário mínimo 2025

Para quem ganha um salário mínimo, o desafio é fazer com que o valor cubra todas as necessidades. Algumas dicas incluem:

1. Priorizar gastos essenciais como alimentação, moradia e transporte.

2. Evitar dívidas com juros altos, como cartão de crédito e cheque especial.

3. Reservar parte para emergências, mesmo que pequena.

4. Buscar formas de aumentar a renda, como trabalhos extras ou capacitação profissional.

Perguntas frequentes (FAQ)

1. Qual é o salário mínimo 2025?
R$ 1.518, válido desde 1º de janeiro de 2025.

2. Quem recebe BPC/LOAS tem reajuste automático?
Sim. O BPC equivale a um salário mínimo, portanto passou para R$ 1.518.

3. O valor pode mudar ao longo do ano?
Não. O decreto fixa o valor para todo o ano.

4. Quem trabalha meio período recebe quanto?
O pagamento é proporcional. Se a carga horária for metade da jornada, o salário será de R$ 759,00.

5. Quanto vale a hora extra em 2025?
R$ 10,35 para hora extra de 50% e R$ 13,80 para hora extra de 100%.

6. O salário mínimo é igual em todo o Brasil?
Não. Alguns estados possuem pisos regionais maiores.

7. O salário mínimo impacta o FGTS?
Sim. A contribuição ao FGTS é de 8% sobre o salário pago, portanto aumenta junto com o mínimo.

8. O MEI paga quanto em 2025?
R$ 75,90 de contribuição previdenciária.

9. Há previsão para 2026?
Projeções indicam cerca de R$ 1.619, mas o valor será confirmado apenas em decreto no fim de 2025.

10. O salário mínimo acompanha o custo de vida?
Nem sempre. Embora a política de valorização considere inflação e PIB, muitos economistas defendem que o valor ideal deveria ser bem maior para atender plenamente às necessidades básicas.

Conclusão

O salário mínimo 2025 de R$ 1.518 representa mais do que um reajuste anual: é uma ferramenta de redistribuição de renda, impacto social e dinamização econômica. Ele garante que trabalhadores formais e milhões de beneficiários tenham uma base mínima de remuneração, ainda que insuficiente para cobrir todos os custos de vida no Brasil.

Ao mesmo tempo em que aumenta o consumo das famílias e reduz desigualdades, o novo piso traz desafios para empresas e para as contas públicas, exigindo planejamento e equilíbrio.

Com a política de valorização em vigor, a expectativa é que o salário mínimo continue a crescer nos próximos anos, acompanhando a inflação e refletindo o desempenho da economia brasileira.